Anfetamina: o que é e quais os riscos de consumir essa substância?

22 de julho de 2025

Muitas substâncias provocam alterações no organismo, favorecendo o estado de atenção e alerta. Elas também trazem disposição e eliminam o cansaço. O problema é que, ao mesmo tempo, desencadeiam malefícios, como é o caso da anfetamina.

Não podemos deixar de ressaltar que muitas dessas substâncias são ilícitas, enquadrando na classe dos entorpecentes e com alto potencial de dependência. Ainda assim, há quem opte por correr esse risco ou desconheça completamente a gravidade dos prejuízos que elas podem causar.

Neste conteúdo, você saberá o que é a anfetamina, como ela age no organismo, quais prejuízos e efeitos colaterais acarreta, se é detectável no exame toxicológico obrigatório e quais são os impactos do seu uso durante a condução. 

O que é a anfetamina?

Originalmente desenvolvida na década de 1920 para tratar condições como fadiga e congestão nasal, ganhou popularidade por promover sensação de energia, estado de alerta e euforia. Ainda hoje, algumas formulações, em dosagens controladas, são utilizadas no tratamento de transtornos como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a narcolepsia, sempre sob rigorosa supervisão médica.

Não existe apenas um tipo de anfetamina. Na verdade, são várias substâncias sintéticas que compõem um grupo de drogas que causam dependência. Elas podem ser de origem farmacológica, mas também podem ser modificadas, como o ecstasy.

Quando seu uso é controlado (aplicação farmacológica), a anfetamina não apresenta risco significativo. O problema está no consumo exagerado dessa substância, ainda mais quando utilizada em suas versões modificadas.

Nesse caso, ela se classifica como uma substância ilícita, que em um primeiro momento pode melhorar a capacidade física e mental, mas, também desencadeia sintomas negativos que comprometem significativamente a saúde e as habilidades cognitivas.

Como ela age no organismo?

A anfetamina atua sobre o sistema nervoso central, deixando a pessoa em estado de alerta, reduzindo o cansaço e aumentando a frequência cardíaca, além de aumentar a dopamina, gerando sensação de prazer e euforia. Por isso, ela é muito consumida em festas e por pessoas que desejam melhorar sua performance em treinos de academia ou nos esportes.

As reações químicas que provoca no cérebro afetam neurotransmissores que promovem uma sensação de bem-estar. Durante um certo período, a pessoa se sente mais habilidosa e autoconfiante, acreditando que pode fazer tudo.

O problema está nos demais estímulos que ela provoca e que causam desequilíbrios para a mente e o organismo. Além disso, quando seu efeito passa, em cerca de 8 ou 12 horas, ocorrem sensações de angústia e depressão, estimulando a necessidade de usar mais.

Quais prejuízos traz para quem a consome?

Um dos prejuízos causados pela anfetamina é a excessiva elevação da temperatura corporal. Ela pode chegar a níveis tão altos que acarretam a morte do indivíduo devido aos impactos negativos sobre as proteínas.

Além disso, compromete gravemente a saúde e as capacidades mentais, causando:

  • Insônia;
  • Cansaço excessivo;
  • Perda de apetite;
  • Náuseas;
  • Boca seca;
  • Coceira;
  • Dor de cabeça;
  • Visão turva;
  • Taquicardia;
  • Lesões cerebrais;
  • Dilatação das pupilas;
  • Espasmos no maxilar;
  • Contração muscular;
  • Depressão;
  • Perda do controle dos membros;
  • Alterações na pressão arterial;
  • Diarreia;
  • Gastrite;
  • Irritabilidade.

Apesar de, em um primeiro momento, a anfetamina parecer benéfica para tarefas que exigem atenção prolongada, seu uso contínuo pode ocasionar psicose amphetamínica, caracterizada por delírios e alucinações, bem como comprometimento cognitivo a longo prazo. É fundamental reconhecer que os riscos superam em muito qualquer benefício temporário de aumento de produtividade ou combate à sonolência, como é o caso de pessoas que consomem com o intuito de ter um melhor desempenho para dirigir.

A anfetamina aparece no exame toxicológico?

Para motoristas que possuem habilitação nas categorias C, D e E, e fazem uso da anfetamina, é fundamental entender como essa substância se comporta nos exames toxicológicos.

A partir de amostras de cabelo, o exame toxicológico pode detectar o uso de anfetamina em um período de até 180 dias anteriores à coleta, diferentemente do exame com urina, que indicam apenas o consumo recente.

Recomendamos, no momento da coleta de cabelo ou pelo, informar ao profissional sobre o uso de medicamentos contínuos, para que esses dados sejam registrados no formulário. Caso essa informação não seja fornecida durante a coleta, é possível anexar a receita médica pelo site da LABEST, garantindo a comprovação do uso dos medicamentos.

Existe algum risco ao dirigir sob o efeito da anfetamina?

O rebite, também detectado no exame toxicológico e utilizado por motoristas que ficam muito tempo nas estradas para reduzir o cansaço e combater o sono, é um tipo de anfetamina. Esta substância provoca reações perigosas para quem está ao volante, como:

  • Tempo de reação prejudicado: apesar de alertas, a tomada de decisões complexas pode ficar comprometida pela interferência nos processos de reflexão;
  • Visão e percepção distorcidas: alucinações auditivas ou visuais, em usos intensos, comprometem o julgamento de distância e velocidade;
  • Excesso de confiança: sensação de invulnerabilidade aumenta comportamentos de risco, como ultrapassagens perigosas e velocidades acima do permitido;
  • Efeitos rebote: após o término dos efeitos, surgem sonolência intensa e fadiga profunda, momentos em que a capacidade de dirigir fica extremamente arriscada.

Faça o seu exame toxicológico com a LABEST

O uso de anfetaminas apresenta riscos severos, desde danos à saúde até comprometimento da segurança no trânsito. Garantir a detecção precisa desses estimulantes é essencial para a proteção de todos. Por meio do exame toxicológico, é possível identificar o consumo de anfetamina em janela ampla, assegurando conformidade com a legislação e elevando o padrão de segurança nas estradas.

Se você é motorista profissional ou gerencia uma frota de veículos, não deixe de acessar o site da LABEST para realizar o exame toxicológico de forma rápida e totalmente segura.

Principais perguntas sobre o tema

Quais medicamentos são anfetaminas?
Exemplos de medicamentos anfetaminas incluem Adderall e Dexedrina, usados no tratamento de transtornos de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e narcolepsia.

Onde são encontradas as anfetaminas?
As anfetaminas são encontradas em medicamentos prescritos, como Adderall e Dexedrina, utilizados para tratar condições como TDAH e narcolepsia.

Como funcionam as anfetaminas?
As anfetaminas aumentam a liberação de neurotransmissores, como a dopamina, no cérebro, resultando em estimulação do sistema nervoso central e efeitos como aumento da atenção e energia.

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