Nos últimos anos, o uso de rebite e outras drogas entre motoristas autônomos e profissionais com habilitação nas categorias C, D e E tem sido uma preocupação crescente para empresas que contratam condutores e órgãos de segurança no trânsito.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em junho de 2024, dois caminhoneiros foram flagrados com rebite em menos de 13 horas, no Rio de Janeiro. No mesmo mês, em Pernambuco, a PRF apreendeu sete cartelas da droga com um único caminhoneiro.
O que é rebite e outras drogas usadas nas estradas?
O rebite é um nome popular para medicamentos estimulantes da classe das anfetaminas. Esses compostos atuam no sistema nervoso central, reduzindo a sensação de cansaço e sonolência, e aumentando a energia temporariamente.
No Brasil, a fabricação e comercialização de rebite é proibida, mas o uso ainda é recorrente entre motoristas, especialmente aqueles que precisam percorrer longas distâncias e cumprir prazos apertados, como caminhoneiros e motoristas de ônibus.
Apesar de parecer uma solução rápida, o uso de rebite e outras drogas semelhantes, como a metanfetamina, traz sérios riscos à saúde. Efeitos como insônia, agitação, falta de apetite e, em casos mais graves, problemas cardíacos, dependência química e distúrbios psicológicos são comuns entre os usuários.
Além disso, o abuso dessas substâncias pode levar a situações de falso alerta, onde o motorista acredita estar em condições ideais de dirigir, mas, na verdade, sua capacidade de concentração e reação estão comprometidas.
Além do rebite, o uso de drogas ilícitas também é um problema crescente nas estradas. Substâncias como a cocaína e maconha são algumas das drogas que motoristas utilizam para suportar o cansaço ou aumentar o nível de alerta, mas essas substâncias têm efeitos devastadores sobre a segurança viária. O uso de drogas aumenta a probabilidade de acidentes graves e coloca em risco não só a vida do motorista, mas também a de outros condutores, passageiros e pedestres.
Por que o exame toxicológico é fundamental?
A legislação brasileira exige que motoristas das categorias C, D e E realizem o exame toxicológico, tanto no momento da obtenção e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), quanto a cada 2 anos e 6 meses. Além disso, a legislação estabelece que as empresas também devem realizar exames toxicológicos em seus motoristas de forma randômica e no processo de admissão e demissão de seus condutores.
O exame toxicológico não se limita apenas a identificar o uso de substâncias ilegais, mas também permite detectar o consumo de medicamentos prescritos que, embora legais, podem afetar a capacidade de condução, como os sedativos e analgésicos fortes. A principal vantagem desse exame é que ele detecta uso recente de drogas, incluindo aquelas que já foram eliminadas do sangue, mas ainda permanecem no organismo.
Portanto, o exame toxicológico não é apenas uma exigência legal, mas também uma ferramenta estratégica para garantir a segurança no trânsito e a saúde dos motoristas. Ele atua como um filtro preventivo para detectar comportamentos de risco e, assim, evitar que motoristas afetados por substâncias psicoativas estejam ao volante.
Como o exame toxicológico beneficia motoristas e empresas?
O exame toxicológico traz vários benefícios para os motoristas. Primeiramente, ele permite que o condutor comprove sua idoneidade e responsabilidade nas estradas. Ao realizar o exame e apresentar um laudo negativo, o motorista demonstra seu compromisso com a saúde e a segurança, o que pode ser um diferencial no mercado de trabalho.
Além disso, o exame toxicológico pode ser uma forma de autocuidado, pois ele ajuda o motorista a identificar e se prevenir de possíveis danos à saúde causados pelo consumo de substâncias que alteram o comportamento e a concentração.
Para as empresas que contratam motoristas, o exame toxicológico é uma ferramenta essencial para garantir que seus colaboradores estejam aptos a realizar suas funções com segurança. Ao adotar essa prática, as empresas não só cumprem a legislação, mas também asseguram que os motoristas contratados não apresentam riscos à integridade dos passageiros, outros motoristas ou à carga transportada.
O exame toxicológico ajuda ainda a prevenir acidentes de trabalho e reduz as despesas com seguros e indenizações causadas por acidentes relacionados ao uso de substâncias psicoativas.
Quais são as drogas identificadas no exame toxicológico?
O exame toxicológico pode identificar uma série de substâncias que comprometem a capacidade de um motorista de conduzir com segurança. Entre as principais drogas detectadas estão:
- Anfetaminas: além da anfetamina, também é possível detectar seus derivados como o rebite, metanfetamina, MDMA, MDA, anfepramona e femproporex;
- Cocaína: o exame não apenas identifica a cocaína, mas também seus metabólitos, como a benzoilecgonina, norcocaína e cocaetileno (formado quando a cocaína é consumida com álcool). A cocaína é um poderoso estimulante, mas seu uso pode levar a agitação extrema, falta de coordenação motora e paranoia, comprometendo seriamente a capacidade de dirigir;
- Maconha e seus metabólitos: o principal componente psicoativo da maconha, o tetra-hidrocanabinol (THC), pode prejudicar a coordenação motora, o tempo de reação e a capacidade de julgamento, fatores críticos para a segurança no trânsito. O metabólito carboxy THC pode permanecer no organismo por semanas, tornando-se um indicativo importante no exame;
- Opiáceos: substâncias como codeína, morfina e heroína podem ser identificadas no exame toxicológico. Embora utilizados como analgésicos, esses opiáceos têm um efeito sedativo, que prejudica a concentração e os tempos de reação do motorista, aumentando a chance de acidentes;
- Mazindol: embora seja utilizado para controle de peso, o mazindol é um estimulante, podendo afetar a pressão arterial e o ritmo cardíaco, fatores que tornam sua utilização perigosa para quem está ao volante.
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Como visto, a realização do exame toxicológico é um passo importante para garantir que motoristas estejam livres de substâncias que possam comprometer suas habilidades ao volante.
Com a crescente preocupação em relação ao uso de drogas e substâncias psicoativas nas estradas, o exame toxicológico é uma ferramenta eficaz para a prevenção de acidentes e promoção de um trânsito mais seguro.
Nesse cenário, a LABEST, especialista em exames toxicológicos, apoia tanto motoristas autônomos quanto empresas no cumprimento das exigências legais e no compromisso com a segurança nas estradas. Com uma rede de laboratórios parceiros em todo o Brasil, garantimos rapidez na entrega de laudos e uma plataforma digital completa para gerenciar todas as etapas do exame.