O roubo de carga é um dos grandes desafios para empresas de transporte e logística. Esse tipo de crime representa altas perdas financeiras, ameaça a segurança dos motoristas e prejudica a reputação da corporação.
Neste conteúdo, você encontrará as principais informações sobre o roubo de carga e a importância do exame toxicológico nessa ocasião.
O que é?
O roubo de carga é um crime no qual indivíduos, muitas vezes organizados em grupos criminosos, param e roubam mercadorias durante o trajeto. Isso pode acontecer em estradas, áreas urbanas ou em locais onde os caminhões estão estacionados para descanso ou abastecimento.
Esses criminosos usam diversas táticas, como bloqueio da estrada, abordagem violenta aos motoristas, uso de armas de fogo e infiltração nas empresas de transporte.
Dados sobre o roubo de carga no Brasil
O roubo de carga no Brasil continua a ser uma preocupação crescente, com dados alarmantes sobre o impacto econômico nas diversas regiões do país. Nos primeiros seis meses de 2025, a região Sudeste se manteve como a mais afetada, apesar de uma queda de 18,2 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2024. Essa região concentrou 62,4% das ocorrências de roubo de carga, uma redução significativa frente aos 80,6% registrados no primeiro semestre de 2024.
A região Nordeste ocupou a segunda posição no ranking, com 21,3% dos prejuízos causados por roubos de carga entre janeiro e junho de 2025. Esse aumento de 5,5 pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2024 reflete uma preocupação crescente, especialmente nas áreas mais vulneráveis do território nordestino.
Na análise detalhada sobre os tipos de cargas mais visadas, a região Sudeste revelou que 50,6% das perdas envolvem cargas fracionadas, enquanto 39% são referentes ao roubo de produtos alimentícios. Esses números refletem uma tendência alarmante, visto que produtos de alta rotatividade e grande demanda, como alimentos, são frequentemente alvos de criminosos, o que amplia o impacto econômico no setor de transporte.
São Paulo, tradicionalmente o estado com maior número de ocorrências, ainda lidera o ranking de prejuízos, representando 56,8% do total de roubos no primeiro semestre de 2025. Contudo, esse índice é uma queda significativa de 11,8 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. O Rio de Janeiro, por outro lado, apresentou um crescimento expressivo, subindo de 18,7% para 21,9% das perdas de mercadorias. Em junho de 2025, o estado carioca alcançou um marco histórico, concentrando 56,6% dos prejuízos mensais, enquanto São Paulo, que tradicionalmente ocupava a liderança, caiu para a 5ª posição, com apenas 3,7% dos roubos no mesmo mês.

Além disso, Minas Gerais obteve uma queda notável nas perdas, caindo de 14,2% para 3,4% em 2025, demonstrando uma possível melhoria nas ações de segurança. No entanto, o Paraná apresentou um aumento alarmante, com 7,5% do total de perdas de cargas, um salto considerável frente aos 0,6% registrados no ano anterior. Entre as rodovias mais afetadas, a BR-101 se destaca com 14,7% das ocorrências de roubo de carga, mais que o dobro do índice registrado em 2024 (5,9%). As cargas fracionadas e produtos alimentícios, juntas, são responsáveis por 81,4% dos roubos nesta rodovia, evidenciando a vulnerabilidade dessas cargas nas principais rotas de transporte.
A importância do Exame Toxicológico no roubo de carga
Quando uma empresa é vítima de roubo de carga, o seguro desempenha um papel crucial. Entretanto, para que o seguro cubra com os prejuízos financeiros relacionados à perda da carga, as empresas devem estar com todas as documentações exigidas pela legislação brasileira em dia, dentre elas o exame toxicológico dos colaboradores.
Conforme regulamentado na Portaria MTE nº 612/2024, as empresas precisam realizar exames toxicológicos na pré-admissão, de forma randômica e na demissão do motorista. Esses exames são importantes para garantir que o motorista esteja em boas condições físicas e mentais, contribuindo para a redução de acidentes e mitigar o risco de roubos, já que ele estará em plenas condições psíquicas.
Qual o tipo de carga mais roubada?
Como visto, há vários tipos de cargas frequentemente visadas por criminosos. Os mais comuns são:
- Produtos alimentícios: frequentemente visados devido à facilidade de escoamento no varejo e pela dificuldade de rastrear a origem após o roubo;
- Cigarros: alta demanda no mercado clandestino devido à carga tributária imposta e à rápida comercialização, o que os torna alvos frequentes;
- Eletroeletrônicos: alto valor agregado e aceitação no mercado ilegal tornam esses produtos visados pelos criminosos;
- Produtos farmacêuticos: alvos por causa do alto valor agregado e demanda no mercado paralelo, muitas vezes roubados sob encomenda;
- Cargas fracionadas: preferência crescente de grupos criminosos em razão da facilidade de dispersão da mercadoria e menor rastreabilidade;
- Bebidas: alta aceitação no comércio ilegal independentemente da origem, com alto valor agregado, tornando-os alvos frequentes;
- Autopeças: produtos interessantes para o mercado ilegal devido ao conjunto de produtos de difícil rastreabilidade e alto valor agregado;
- Combustíveis: variações de preço os tornam valiosos, e mesmo com a complexidade do armazenamento após o roubo, são frequentemente visados por criminosos;
- Produtos agrícolas: frequentemente roubados sob encomenda para suprir um mercado específico já estabelecido.
Como evitar o roubo de carga?
Para evitar o roubo de carga, empresas de transporte e logística podem adotar diversas medidas de segurança, como:
- Planejamento de rotas seguras: optar por rotas mais seguras, evitando áreas conhecidas por alta incidência de roubo de carga;
- Monitoramento por GPS: instalar dispositivos de rastreamento GPS nos veículos para monitorar em tempo real a localização da carga;
- Comunicação eficiente: estabelecer canais de comunicação eficientes entre motoristas, equipe de segurança e autoridades para reportar qualquer incidente imediatamente;
- Treinamento de funcionários: capacitar motoristas e equipe de segurança para identificar e lidar com situações de risco no transporte de cargas;
- Seguro específico: contratar seguros específicos para cobrir eventuais prejuízos decorrentes de roubo de carga.
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O roubo de carga é um problema crescente no Brasil, mas com a adoção de práticas de segurança, tecnologia avançada e o cumprimento das regulamentações, como a realização do exame toxicológico, as empresas podem reduzir significativamente os riscos. Além de proteger o patrimônio da empresa, essas ações garantem a segurança dos motoristas e promovem um transporte mais eficiente e confiável.
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